m@ser

8.31.2006

o André com o filho e a chinchinha
























janeiro 1986 . 3 anos 1/2

Mal conheçi o André,... sei que não está entre nós,... sei que não está morto,... mas sei que é um Homem do Mar,... presentemente vive no coração de todos que o Amam, ... muito mais intensamente que outros vivos homens ... que olham mas não reparam,... que falam mas não dizem,... que pensam mas não agem,... que criticam mas não respeitam...que estando presentes não estão disponíveis...,... ... ... que vivem mas que não são verdadeiramente genuinos.
Esta é .... a singela Homenagem a mais um grande Homem do Mar
Com Amor,

João Feitoria

Teresa :

Adeus meu filho, até sempre. Tu fostes um meteoro, aparavas a vida como quem afia um lápis.

Inscrevestes nela, sempre intensamente, as tuas ânsias, os teus desejos, a tua necessidade de justiça e de liberdade, a tua generosidade.

Uma vida curta, mas tão cheia, sofrida e determinada, e, ao mesmo tempo, límpida e brilhante. Tocavas o coração de quantos te rodeavam. A tua criança interior manteve-se pura, fiel às suas raízes. Tinhas uma alma grande, grande, do tamanho do mundo.

Guardo no meu coração o teu jeito, por vezes desajeitado mas enfeitiçador, o teu sorriso dos dias felizes, o teu olhar límpido e profundo como o mar açoriano que adoravas.

Partilhaste comigo os teus sentires, ou pressentimentos "Mãe vou morrer cedo, quero morrer no mar".

Este ano soltaste-te e estavas feliz, brilhavas mais do que nunca. E tiveste de partir...

Vias o mundo à tua maneira, sempre coerente e generosa. Aprendi contigo a ver o outro lado da vida, das coisas simples e belas, e a fazer as coisas acontecerem. Obrigada por tudo quanto me destes.

Até amanhã, Amor do meu coração. Reencontrei-te. Estás sempre no meu coração.

8.09.2006

Sempre recordado como o melhor!!! Estarás sempre aqui...!!Recordando tempos de escola....

8.01.2006

Olá André

Marília Azevedo, 11 de Julho de 2006

Olá André! Miúdo, queres e podes explicar-me porque me deixaste sozinha na sala? A mim e a nós todos…
Eu não te quero dar a grande seca da irmã mais velha, só quero que saibas, onde quer que tenhas ido que no teu lugar deixaste um fosso. Na sala onde trabalhávamos, no espaço físico e nos nossos corações. Do meu levaste um bocado valente!

Eu ainda não me conformo, percebes Maser? Tão cedo não posso conformar-me. Espero a cada momento pela altura de tu chegares e dizeres: «Olá, tá-se bem?» A mim apetece-me responder: «Tá-se puto, porque tu chegaste!» Mas não estás, eu sei, e é por isso que magoa tanto.

Tem horas…tem horas que não posso olhar para o teu lugar, o teu espaço físico vazio. Ao menos consegui que levasses a tua conchinha de estimação.

O teu amor pela Natureza, a Nossa Mãe, pelo mar…a tua forma humilde de ser e simples de viver a vida…

Gostaria que soubesses que com a tua partida eu aprendi umas coisinhas. Pena ter sido depois de tudo isto, mas nunca é tarde para aprender.

Aprendi contigo que não há credos nem religiões, que apesar de viver-mos de formas diferentes não faz de nós melhores ou piores pessoas, mais ou menos importante, mais ou menos bonitos, que não senhores nem escravos…cada qual é como é e é assim que tem que ser, abaixo a hipocrisia e falsos valores…sociedade hipócrita a viver de aparências!

Outra coisa ainda: que é preciso rebelião contra tudo aquilo que anda mal no mundo e ter-mos dignidade. Eu achava-te um puto rebelde quando te conheci, apenas percebi que tinhas uma vivência livre de dogmas e pragmatismos. Tu sim, tu eras livre, livre para lutar e lutavas. Lutavas e eu não sabia, André! Foi preciso nos teres deixado para que te conhecêssemos. Mas eu adoro-te rapaz, e eu não digo «adorava-te», digo «ADORO-TE», pois VIVO ESTÁS e bem presente no meu coração, onde será recordado com todo o carinho da «irmã mais velha».

Só mais uma coisa meu amigo: admirava esse ter amor todo pela vida, mesmo sendo toda ela repleta de dificuldades, nunca baixavas os braços e o teu lema era: «GET UP, STAND UP, DONT´T GIVE UP THE FIGHT!» Eras tu…

Espero sinceramente que no teu mergulho no azul profundo tenhas finalmente encontrado Paz.

Como adormeceste, eu não te quero incomodar mais. Tinha que te dizer tudo isto.

Obrigada por tudo, por tudo mesmo, por teres sido quem foste, pela espontaneidade, pela amizade, pela confiança, por teres existido. A sério Maser!

Então dorme bem, fica em Paz e até a um dia…porque a cada dia caminho ao teu encontro.

Tua amiga, Marília Azevedo, com saudades